sexta-feira, 30 de julho de 2010

O Noob Viu (3)



Calígula, a única sacanagem foi o Thiago Lacerda de roupa









Hoje o Noob quis ser global: Foi ver Calígula, com o Thiago Lacerda e se surpreendeu com o resultado.

Quando a gente vê uma peça que diz “Thiago Lacerda e grande elenco” logo pensa “um bando de desconhecidos e um global pra dar lucro” e normalmente tem razão, mas não nesse caso. Os atores não me eram estranhos (mesmo não sabendo o nome, mas considerando que não sei o nome nem dos meus primos isso não faz tanta diferença) o que já dá uma noção de que de alguma forma eles existem e tem alguma experiência e o Thiago surpreendentemente encontrou o teatro. Quando eu digo “encontrou” não me refiro a ele ter se encontrado no teatro, porque aí ele teria descoberto a parte dele no todo e não foi assim, ele se esvaziou, quebrou completamente a forma construída nesses 10 anos de rosto bonito e se tornou o personagem (e continua lindo, certas coisas não mudam- ainda bem). Ponto pra ele.

Mas a melhor parte nem foi ele, foi o todo. Uma versão excelente, com uma direção incrível (até agora a melhor que eu vi esse ano, parabéns Gabriel Vilela!) e recursos cênicos mega criativos que davam todo o diferencial ao espetáculo.

A iluminação era tranqüila, basicamente geral, no máximo se alternando entre platéia, fundo e centro o que foi exatamente o necessário. Uma boa iluminação é aquela que não chama mais atenção que a peça e esse foi o caso.

O cenário também merece destaque, criativo, bem colocado mas não muito chamativo, interagindo com a peça e fazendo (muito bem) a sua parte.

O figurino já não me agradou tanto... Sei lá... Meio over, não gostei da forma como relacionaram com a atualidade. Aproveitando que estou falando mal, algumas piadinhas também poderiam ter sido evitadas, é claro que salpicar humor alivia um pouco a tensão, mas piada repetida não dá. Outra: tem uma hora que ele fica com o rosto pintado de branco e vermelho, não sabia se ele estava imitando o coringa do Batman ou se era torcedor do Internacional. Seja lá o que for eu não gostei (até porque sou Flamengo, não vou elogiar a cor do time dos outros).

A música foi no ponto também, só uma ressalva: Cássia Eller ao final da peça foi super nonsense. Tá, a música é linda, ela canta super bem, mas não se encaixa muito (ainda que tenha cantado a música da hora que ouvi até chegar em casa).

Sim, esse post é a primeira crítica pseudonormal que fiz só pra ver se convenço meus 7 leitores e meio (um é estagiário) a tomarem vergonha na cara e freqüentarem o teatro (principalmente porque tem dinheiro público envolvido, vamos aproveitar ao menos). Essa vale a pena.

O que? Você acha R$10,00 a meia muito caro? As quartas é R$5,00 a meia e ainda vai ter uma sessão especial dia 10/08 (acho, é bom conferir) que também vai ser R$10,00 a inteira, bem mais barato que cinema e você não gasta dinheiro com pipoca!

E que fique registrada a minha queixa: A única atriz da peça pode ficar pagando peitinho, o Thiago Lacerda pode beijar outro ator, mas eu não posso vê-lo pelado? Ah, absurdo! Garanto que se ele tirasse a roupa ia dar muito mais gente na platéia...


Beijo do Noob!

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